"Só tive coragem de mostrar minhas composições para alguém aos 18 anos"

Ela é uma das principais cantoras do país e, talvez, para muitos, seja a de maior
 sucesso atualmente. Paula Fernandes será a atração do final de semana em 
Maringá, onde se apresenta pela primeira vez. O show começa às 22 horas,
 no Parque de Exposições Francisco Feio Ribeiro.

Além do sucesso no Brasil, a parceria com a norte-americana Taylor Swift, na 
canção Long Live, aumentou o prestígio de Paula Fernandes. Apesar de todos 
os aplausos e elogios, a cantora sertaneja permanece com os pés no chão e
 focada cada vez mais no novo CD, com lançamento previsto para o final de maio.

A maioria das músicas do último CD, lançado em 2011, é de autoria
 da cantora. Desde os 12 anos ela compõe e, aos poucos, aperfeiçoou-se 
cada vez mais na técnica. E o segredo? É bem simples: “papel e caneta sempre
 a mão”, porque as “inspirações não escolhem hora nem lugar”.
Confira a entrevista que Paula Fernandes concedeu à Gazeta Maringá via e-mail. 
Ela recordou a infância e contou detalhes sobre a carreira.

GAZETA MARINGÁ: Inspiração para compor uma canção não tem hora 
para chegar. Para muitos compositores a letra de uma música surge
 de repente. Como é no seu caso?

PAULA FERNANDES: Meu processo é bem natural, minhas inspirações
 não escolhem hora nem lugar, pode ser no trânsito ou no avião. Papel e caneta 
sempre à mão.

Lembra-se de algum lugar onde uma ou mais canções surgiram para você?
Na Serra do Cipó (MG), lugar onde passei grande parte de minha infância. Lá pude 
conviver com a natureza e animais na forma mais simples e pura.

Quais são as suas músicas pelas quais você tem mais carinho?
Difícil escolher entre as filhas. Destaco Meu Eu Em Você, Pássaro de Fogo, 
Pra Você e Não Precisa.

Você compõe desde pequena, é isso? Lembra-se do que se tratava
 a primeira canção que você escreveu?
Minhas inspirações sempre vieram do campo e da natureza. Componho desde
 os 12 anos, mas só tive coragem de mostrar minhas composições para alguém aos 18.

O refrão de “Navegar em mim” diz o seguinte: Alguém pra me amar/
Precisa me aceitar/Assim como eu sou/Imperfeita, amor. Imperfeita?
 Como assim? Muitos fãs e muitos apaixonados pela Paula Fernandes 
não devem pensar assim…
Um homem pra me conquistar precisa ser sensível, diria!

No início da carreira você passou por algumas dificuldades. Pensou 
em desistir, teve depressão… O que diria para aqueles cantores 
que tocam em bares, recebem pouco (quando recebem) e não têm 
o reconhecimento que sonham? Você chegou a passar por isso, não é mesmo?
Sim, o mais importante é nunca desistir, acredito que tudo na vida tem
 a hora e o momento certo para acontecer.

Uma perguntinha pessoal: a Paula Fernandes era uma menina estudiosa?
Sim, muito, apesar de pouco tempo para estudar sempre tive boas notas.

Sobre o show em Maringá: é a primeira vez que vai tocar aqui, estou certo? 
O que já conhece sobre a cidade?
Será sim, mas já passei muito pela cidade em turnê pela região. 
Estou ansiosa pela apresentação, será maravilhoso tocar em Maringá pela 
primeira vez, espero contar com a presença de todos.

Já está acostumada em se apresentar um dia em um canto do país e, já no
 dia seguinte, viajar para o outro lado do Brasil?
Na verdade sim, cheguei a passar por quatro estados no mesmo dia acredita? [risos]

Fonte: Gazeta Maringá